Fundos imobiliários de papel: oportunidades para diversificar sua renda passiva

Investir em fundos de papel é uma alternativa eficiente para quem quer expor o capital ao mercado imobiliário com praticidade, sem ter que comprar um imóvel

Os fundos de investimento imobiliários (FIIs) atraem muitos investidores que desejam expor seu capital ao potencial do setor imobiliário com mais praticidade e economia, sem ter que comprar um imóvel. Entre eles, os fundos de papel costumam estar entre os mais procurados.

Os fundos imobiliários de papel oferecem uma alternativa para diversificar a renda passiva, investindo em ativos ligados a títulos de dívida e créditos imobiliários. Conhecer suas características é essencial para aproveitar essas oportunidades com segurança e rentabilidade.

Na Bolsa de Valores, os investidores podem negociar cotas de diversos fundos imobiliários de papel, como o MXRF11, por exemplo. Trata-se de uma opção interessante para quem quer diversificar a carteira investindo no mercado imobiliário.

Neste artigo, vamos explicar o que são os fundos imobiliários de papel, quais são as vantagens (e os riscos) de investir neles e como escolher os melhores fundos para compor uma carteira de investimentos diversificada e eficiente, com foco na geração de renda passiva.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

O que são fundos imobiliários de papel

Fundos imobiliários de papel investem o patrimônio em títulos e valores mobiliários relacionados ao mercado imobiliário, como o CRI e LCI. Essa é uma forma eficaz de investir indiretamente no setor, por meio de ativos que ajudam a financiar as operações imobiliárias.

Ao contrário dos fundos de tijolo, que investem em imóveis físicos para lucrar com a sua exploração comercial e os seus aluguéis, os fundos de papel aplicam o dinheiro dos cotistas em ativos financeiros, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras Hipotecárias (LH).

Esses ativos ligados a títulos de dívida e créditos imobiliários geram rendimentos que são regularmente distribuídos aos cotistas sob a forma de dividendos. Portanto, trata-se de uma alternativa interessante para investidores que têm como objetivo a geração de renda passiva.

Vantagens de investir em fundos de papel

Os fundos de papel oferecem algumas vantagens para os investidores. A principal delas é a possibilidade de diversificação da carteira. Afinal, são um tipo de investimento que permite diversificar bastante o portfólio, investindo em diferentes ativos atrelados ao setor imobiliário.

Outra vantagem é a geração de renda passiva, uma vez que os fundos de papel distribuem dividendos aos cotistas periodicamente. Além disso, são investimentos com liquidez alta, já que suas cotas são negociadas na Bolsa de Valores. Portanto, é mais fácil vendê-las e convertê-las em dinheiro.

Por fim, não podemos esquecer que os fundos de papel contam com gestão profissional. O gestor do fundo monta a carteira, aloca os recursos e administra os ativos do FII, o que pode melhorar a rentabilidade e trazer melhores resultados.

Riscos envolvidos nos fundos de papel

No entanto, investir em fundos de papel também envolve riscos, como, por exemplo, o risco de crédito, uma vez que estão sujeitos à inadimplência dos emissores dos títulos.

Outro risco a ser considerado é a variação do mercado, pois, assim como ocorre com outros investimentos em renda variável, os fundos de papel são suscetíveis às variações de taxas de juros e às oscilações do mercado financeiro.

Impacto das taxas de juros no desempenho

O desempenho dos fundos de papel é diretamente impactado pelas taxas de juros da economia, uma vez que esses fundos investem seus recursos em títulos atrelados ao mercado imobiliário que geram renda por meio de juros, estando normalmente associados à Selic (a taxa básica de juros da economia brasileira), ao CDI ou ao IPCA (inflação).

Quando os juros aumentam, normalmente a receita dos fundos (principalmente os com CRIs atrelados ao CDI) costuma subir, assim como os dividendos distribuídos. No entanto, o valor das cotas pode diminuir no curto prazo.

Já quando os juros caem, a renda dos CRIs atrelados ao CDI tende a diminuir gradualmente, os fundos que têm CRIs indexados ao IPCA + juros fixos ficam mais atrativos e pode ocorrer a valorização das cotas.

Como escolher fundos imobiliários de papel para diversificação

Para selecionar os melhores fundos de papel, é necessário observar alguns fatores, como a qualidade dos ativos na carteira, o Dividend Yield (DY), a qualidade da gestão do fundo, o histórico de rendimentos, a liquidez e o volume de negociações das cotas na Bolsa de Valores.